Religião 5
8º Ano
Relação do advento da pandemia com o Sagrado
O
impacto provocado pela pandemia do novo coronavírus não escolhe cor,
gênero, classe social ou religião. Para muitos dos que alimentam alguma
crença, inclusive, a crise na saúde era fato previsto e requer, bem mais
do que o distanciamento social recomendado pelas autoridades
sanitárias, reflexão e disposição para mudanças.
Do
judaísmo ao cristianismo, passando pelo budismo e religiões de matriz
africana, há uma compreensão de que, ao mesmo tempo em que provoca
sofrimento, o momento atual também pode contribuir para a evolução das
pessoas.
As religiões acreditam.
"A
maioria absoluta das igrejas entende que estão se cumprindo previsões
bíblicas, no que diz respeito aos princípios de dores relatados (Mateus,
capítulo 24). São dias difíceis"
Para superar as adversidades, um
pastor ressalta que os fiéis são orientados a buscar mais a Deus. “Como
no exemplo de Paulo, quando uma víbora venenosa o mordeu e mal algum lhe
fez, pois, pela fé, vencemos qualquer obstáculo”, acrescenta, com mais
uma citação das Escrituras. Na leitura da Torá, os judeus também
encontram respostas para os desafios da atualidade. “Muitos dos fatos
que aprendemos nas leituras semanais conferem maior credibilidade às
informações de nossos antepassados, de conceitos religiosos e
espirituais, e fortalecem nossa fé. Um dos eventos que aconteceriam
antes da vinda do Messias era exatamente uma pandemia como a de agora.
Outro é a invasão de cidades por animais selvagens, coisa que está
ocorrendo na Europa”, sinaliza o presidente da Congregação Israelita
Capixaba (Cicapi), Alfredo Silbermam.
"Um
momento que, para nós, é excepcional, mas não tem nada de
excepcionalidade. É uma transição planetária. A Terra está classificada
num processo para um mundo de regeneração. Então, esses flagelos
destruidores, como as grandes catástrofes ou a pandemia, servem para
mudança. No último livro da codificação diz que os tempos são chegados, e
um estudioso fala sobre essa necessidade de mudança, como se fosse uma
purificação" Segundo um estudioso da religião, a sociedade está ligada
ao consumismo de maneira exacerbada e transformou-se na “geração
selfie”, muito mais preocupada consigo. “Isso faz com que nos tornemos
menos empáticos, mais egoístas e orgulhosos. O que ocorre agora é uma
parada em que temos a oportunidade de estar conosco mesmo e de
refletir.”
O ser humano não está se
respeitando, nem à natureza. Essa pandemia serve para cada um reavaliar
como está vivendo nos dias de hoje. Não é só o ter, o poder e o prazer
que resolvem. A vida é mais que isso”, sustenta o frei que, durante o
Oitavário deste ano, com o Convento praticamente vazio devido às medidas
de isolamento social, fez suas orações do alto da pedra voltado para
Vitória. “Pedi que sumisse essa doença, que tivesse uma cura, que essas
dificuldades acabassem. O mundo todo sofre; é o povo de Deus que sofre
por isso”, completa.
É
importante que as pessoas tomem consciência da “impermanência”, ou seja,
que tudo sempre muda. E, segundo a praticante do budismo, quando há
esse entendimento, cria-se menos expectativas, frustrações e,
consequentemente, menos sofrimento. Um estudioso ressalta que, na
umbanda, sempre se espera que as pessoas busquem a evolução espiritual.
“Sabemos que existem várias provações em curso na Terra, pois ainda
estamos no nível de expiação. Desejamos mesmo, rogamos ao Criador, que
todos possam ter refletido e que busquem o progresso espiritual, porque
essa é a única riqueza que levamos quando desencarnamos”, finaliza. Para
os mais tradicionais do judaísmo, o mundo não mais voltará a ser como
conhecido antes da pandemia, mas a expectativa é de que as relações
humanas sejam mais valorizadas.
1. Para você, a pandemia do Coronavírus afetou a fé e a crença das pessoas? Por quê?
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2.
Segundo o que foi estudado, de que maneira a chegada da pandemia está
relacionada com profecias religiosas? Você acredita nisso?
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3. Que hábitos podem ser aperfeiçoados no comportamento das pessoas quando a pandemia passar e a vida voltar a sua normalidade?
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